segunda-feira, 4 de julho de 2011

Liga Mundial: Bernardinho: "Estamos no grupo da morte

Quatro das cinco primeiras seleções do ranking mundial e apenas duas vagas em jogo. É este o panorama que o Brasil enfrentará na Fase Final da Liga Mundial de Vôlei, que começa nesta quarta-feira (06.07), em Gdank, na Polônia. Ao lado de Cuba, Estados Unidos e Rússia, o Brasil faz parte do Grupo F, enquanto Polônia, Bulgária, Itália e Argentina compõem a chave E.

"Estamos chamando de grupo da morte", diz o técnico Bernardinho. "É uma chave forte e muito equilibrada, onde reeditaremos as últimas finais do Campeonato Mundial, contra Cuba, dos Jogos Olímpicos, contra os Estados Unidos, e da Liga Mundial, diante da Rússia. Vamos precisar de pelo menos duas vitórias nestes confrontos para avançar", acredita o treinador.

Primeira adversária do Brasil, na quarta, às 8h30 (de Brasíli), a seleção de Cuba ficou em segundo lugar no Grupo D, com 23 pontos. A equipe caribenha é a quarta colocada no ranking mundial.

"Cuba perdeu jogadores importantes (o central Simon, o ponteiro Leal e o levantador Hierrezuelo), mas continua muito bem. Eles contrariaram alguns prognósticos e não se fragilizaram. Conseguiram a classificação ganhando da Itália fora de casa por 3 a 0. É uma equipe de muita força física e que procura constranger seus adversários pela capacidade física", analisa o treinador.

Vice-líder do Grupo do Brasil, o A, os Estados Unidos marcaram 23 pontos na primeira fase da Liga Mundial. A seleção campeã olímpica é a quinta no ranking mundial e enfrentará o Brasil na quinta-feira, também às 8h30.

"Será o nosso adversário com maior capacidade técnica. Além disso, tem por cultura ter muita consciência na parte tática. É uma equipe que sempre dificulta muito a vida do Brasil. É um time de personalidade forte, que não esmorece, e deu mostras disso na primeira fase", comenta Bernardinho.

Terceira e última adversária brasileira, na sexta, às 8h30, a Rússia fez a melhor campanha da primeira fase, com 31 pontos no Grupo B, e ocupa a segunda posição no ranking internacional.

"É uma equipe de condição física impressionante, que conta com jogadores altos e aposta muito na qualidade de seu saque e de seu bloqueio. Além disso, tem muitas opções para trocar a equipe no decorrer das partidas. Fez a melhor campanha da primeira fase e mostrou sua força", encerra o técnico brasileiro.

Brasil está preparado para maratona da Fase Final

Pela segunda vez - a primeira foi em 2003 -, a Liga Mundial de Vôlei terá oito equipes na Fase Final. A mudança em relação às temporadas passadas reflete diretamente dentro da quadra: agora não há mais intervalo entre os jogos, já que a programação prevê as partidas da fase de grupos de quarta a sexta, as semifinais no sábado e a grande decisão no domingo.

Nos últimos anos, as equipes semifinalistas tinham um dia sem partidas durante a fase de grupos, já que eram seis seleções divididas em duas chaves. Segundo o preparador-físico do Brasil, José Inácio Sales, a seleção está preparada para suportar o ritmo puxado da disputa.

"É uma mudança significativa", explica. "Não adotamos nenhuma medida específica em relação a esta situação, mas buscamos, como sempre fazemos, evoluir o nível do trabalho em comparação com a última temporada. Focamos o trabalho na prevenção de lesões e, neste aspecto, a equipe está bem preparada para encarar esta adversidade", completa José Inácio.

De acordo com José Inácio, o trabalho de preparação física do Brasil se mostrou bem-sucedido nas últimas temporadas, minimizado as lesões.

"É evidente que os jogadores vão sentir o impacto da sequência de jogos, mas nosso trabalho visa fazer com que eles sintam menos que os outros. Nos últimos torneios, o Brasil sempre terminou muito bem fisicamente. Já passamos por situações de sequências até mais longas do que esta, mas não com jogos de tanta exigência", comenta.

Além da preparação física, o Brasil conta com outra arma para combater o desgaste: a força do grupo. Ao menos sinal de necessidade, o técnico Bernardinho pode utilizar todas as peças da equipe nas partidas.

"Esta sempre foi uma das principais forças do Brasil e, nesta Fase Final, será mais uma vez importante por causa do desgaste. Todos tiveram oportunidade de jogar e estão com ritmo e prontos para ajudar", acredita o levantador Marlon.
Divulgação

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